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Pergunte à Riot: por que o Malzahar tem uma adaga?

  • stockingokumura
  • 23 de fev. de 2017
  • 6 min de leitura

Vocês acham ruim que alguns campeões provavelmente nunca serão vistos no cenário competitivo?

Teoricamente, sim. Quer dizer, se fosse possível balancear perfeitamente do Bronze até o nível dos jogadores profissionais, com pouquíssimos sacrifícios para todas as partes, eu gostaria de ver todos eles no competitivo.

O problema é que, atualmente, atingir isso exigiria muitos sacrifícios.

Usamos um conjunto de números de ajuste específico para cada jogador de League, independentemente do nível de habilidade. Um jogo como basquete tem diferentes linhas de ponto, o golfe possui diferentes linhas de tacada, mas o League é virtualmente igual para todo mundo. Muito do feedback que recebemos dos jogadores é sobre como uma mudança específica não vai resolver um problema de balanceamento no Desafiante ou no cenário competitivo. Mas esse não é o foco.

Se pegarmos um campeão popular em classificações mais baixas, como o Garen, e declararmos que ele deve ser escolhido no cenário profissional, você pode acabar com um monstro que, no Prata, teria mais de 65% de taxa de vitória. Você poderia reformular o Garen e deixar sua taxa de vitória no Prata por volta de 50%, parecida com a que você veria no competitivo, mas ele pode acabar ficando tão mecanicamente complexo que ele não seria tão popular quanto é hoje (ou, provavelmente, não ficaria com 50% de taxa de vitória no Prata por muito tempo).

Existem muitos outros fatores que afetam o cenário profissional. Como mencionei recentemente, é desafiador ajustar qualquer campeão que tem parte do seu poder ligado a tropas para que eles fiquem viáveis para profissionais e não destruam quem joga League casualmente. Jogadores profissionais costumam interromper habilidades ultimate que são canalizadas. Fraquezas nem sempre são fraquezas quando você tem companheiros de time que podem compensá-las, mas quando você está jogando sozinho, as coisas nem sempre são assim. Disparos de precisão, combos e qualquer coisa que exija um tempo específico costumam ser mais confiáveis em níveis mais altos de jogo.

Resumindo: a gente valoriza a diversidade de campeões no nível profissional, mas não se a base de jogadores tiver de pagar um preço alto por isso.

(Gostamos de ver que os 10 banimentos acabaram criando uma variedade maior de campeões aparecendo no cenário profissional).

Ghostcrawler, Diretor de Design

Por que o Malzahar tem uma adaga se ele nem precisa dela?

Aqui vai um fato pouco conhecido e totalmente não-canônico: Antes de ir para o Vazio, Malzahar usava suas habilidades de vidente para impressionar multidões em Shurima quando ainda viajava com uma feira de cidade para cidade. Sempre que ia para uma cidade nova, ele escolhia um corajoso voluntário para ficar na frente de um alvo de madeira, com seus pulsos e tornozelos presos. Ele girava o alvo, virava de costas e andava dezoito passos para longe. Depois, vendava seus olhos. Como um trovão que chega sem aviso em um dia nublado, ele dava um giro que marcava o décimo oitavo passo, lançava cinco adagas no alvo e cada uma delas abria um buraco que ficava a um fio de cabelo de distância do corpo de seu voluntário. Embora ele tenha nascido vidente e sua habilidade de enxergar o futuro facilitasse bastante saber onde estava o alvo, ele sempre respirava aliviado quando ouvia o barulho de cada adaga perfurando a madeira.

Numa tarde de primavera em Urzeris, Malzahar passou os olhos pelas mãos agitadas da plateia, que balançavam vigorosamente para chamar sua atenção, e acabou escolhendo uma mulher bonita, de cabelos negros e olhos que pareciam esmeraldas. Ele prendeu seus pulsos delicados, girou o alvo e começou a contar… quinze...dezesseis...dezessete...dezoito…

...pá, pá, pá, pá– e então, um som oco.

Malzahar leva consigo a adaga que tirou a vida da moça para lembrá-lo que até um vidente não consegue prever a incerteza do futuro. As coisas sempre podem mudar – tanto para o bem, quanto para o mal.

Riot Tiger Lily, Editora, Equipe de Narrativa

Semana passada vocês falaram sobre o que a Riot procura em artistas. E nos escritores, o que vocês buscam? Como faço para ser um escritor na Riot?
Essa pergunta é meio complicada porque existem tipos muito diferentes de escritores na Riot. Vou tentar (dentro do que eu sei) listar alguns, e já peço desculpas caso eu explique o trabalho de alguém de forma errada, coloque algo de maneira muito simples ou acabe me prolongando demais.
Narrativa -- são as pessoas que escrevem as histórias de Runeterra e dos campeões. Um escritor de narrativa pode ajudar a construir um mundo de fantasia alternativo para uma skin ou ajudar a equipe de campeões a bolar uma história para um novo campeão.
Criação de universo -- esses escritores trabalham em uma linha parecida com a da equipe de Narrativa, mas focam mais na “visão geral” do mundo de Runeterra. Eles abordam coisas como a história que há por trás do mundo e como as pessoas se comportam e interagem em Demacia, Zaun, Piltover, etc.
Comunicação -- esses escritores trabalham em como falamos com os nossos jogadores, criam mensagens sobre novos recursos, coisas que não deram certo, Notas da Atualização, etc.

Exemplo: Notas da Atualização

Propriedade intelectual -- é a especialidade de escritores que criam materiais para grandes lançamentos. Pense em slogans de grande impacto, nomes de skins e sites promocionais.
Editorial -- eles criam histórias sobre os como’s e porquê’s do League, fazem reportagens, entrevistas semi-jornalísticas e dão uma mãozinha para os desenvolvedores com os Dev Blogs.
eSports -- essa galera se dedica a, ahn... eSports. Eles escrevem resumos de partidas, análises de confrontos, biografias dos jogadores e parte do material que vai para a transmissão.
O mais interessante é que essas áreas acabam se sobrepondo em vários pontos. Um escritor de propriedade intelectual pode criar o roteiro para um novo vídeo, a pessoa de editorial acaba fazendo as edições em uma nova narrativa, o time de comunicação pode entrar e ajudar com o texto de revelação de um novo campeão e por aí vai. Na Riot, os escritores precisam de especialização mas, ao mesmo tempo, de flexibilidade.
Então, vamos ao que interessa. O que procuramos em escritores? O mais importante é um portfólio forte. Experiência e diploma são bacanas, mas fazem papéis coadjuvantes quando o assunto é excelente habilidade escrita. Idealmente você terá muitos exemplos do tipo de escrita que desperta o seu interesse. Aliás, sua carta de apresentação é uma ótima maneira de mostrar que você domina as palavras. Não precisa ser o próximo grande romance (embora, se executada bem, criatividade é um diferencial), apenas clara, simples e fácil de entender.
Requisitos específicos variam de acordo com a vaga. Se você ainda não chegou no nível 30 e não joga ranqueadas, talvez a equipe de comunicação de jogabilidade não seja o lugar certo para você (a gente recebe vários currículos que dizem “eu ainda não jogo League, mas juro que vou aprender!”), da mesma forma que você se sentirá um estranho no ninho de eSports se não souber o que significa CBLoL. A melhor maneira de encontrar o seu lugar é ler as descrições das vagas com atenção.
Além disso, é importante ser honesto sobre o que desperta o seu interesse. Um escritor dono de um grande portfólio de narrativa que se candidata para vagas de comunicação ou eSports pode levantar alguns pontos de atenção -- será que essa pessoa realmente está interessada nesse tipo de escrita? Ou será que ela quer aproveitar essa vaga como porta de entrada e depois pular para outra? Além disso, e se você conquista a vaga? Você ficaria feliz trabalhando com isso todos os dias? Eu seria bem infeliz se estivesse em narrativa, mas tenho certeza que tem muita gente que prefere a morte do que escrever Dev Blogs. Encontre aquilo que você gosta!
Não existe um grande segredo por trás disso. Os escritores da Riot têm todo tipo de experiência. Alguns já publicaram livros. Outros, trabalharam na televisão ou no cinema. Alguns começaram em outras vagas na indústria dos jogos (trabalharam em jornalismo ou no Suporte, por exemplo) e construíram um portfólio de escrita aproveitando um pouquinho de tudo o que criavam. Outros tinham cartas de apresentação e amostras de texto tão incríveis que foram contratados sem nenhuma experiência. Cada pessoa trilhou um caminho único para chegar até aqui.
Basicamente, a maneira de se tornar um escritor na Riot é a mesma de fazer qualquer outra coisa: Faça o que você ama e dê absolutamente tudo de si. Lute por oportunidades. As pessoas que estão presentes e que fazem seu trabalho são sas mesmas que conquistam algo no final.
Tummers, Editor Geral
Fonte : League of Legends

 
 
 

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