Análise: tri ou bi, a final do Mundial 2016
- stockingokumura
- 29 de out. de 2016
- 4 min de leitura
No STAPLES Center, SKT luta pelo seu terceiro título mundial; Samsung pelo segundo.

Em 2012, os coreanos já mostravam uma forte presença internacional, chegando à final do Mundial representados pela Azubu Frost – mas perdendo para a Taipei Assassins. Em 2013, um time passou o trator por cima de todos: era o começo do domínio coreano no cenário internacional e a chegada de Faker e da SKT T1. Já no ano de 2014, com a breve queda e não classificação da SKT ao Mundial, a Samsung Galaxy White tomou o trono, apenas para a SK Telecom T1 retomá-lo em 2015 na primeira final 100% coreana da história.
Neste Mundial de 2016, o mais imprevisível da história, a final (dia 29/10 às 20h30) também não era a que a maioria dos analistas esperava. “Se alguém falasse que a Samsung estaria na final algum tempo atrás, eu provavelmente riria da cara desse ser humano”, brinca Melão. Conversamos com o analista para entender os pontos fortes e fracos das equipes e entender a história delas na busca pela Copa do Invocador.
Os desacreditados

A Samsung Galaxy era o terceiro seed coreano para o Mundial, posição que historicamente chega longe em Campeonatos Mundiais – mas não tão longe quanto a SSG. Nos últimos quatro Mundiais, os últimos seeds da região caíram nas Quartas de Final três vezes, e na única vez que isso não aconteceu, o time em questão foi campeão, SK Telecom T1 em 2013. “A Samsung foi uma grata surpresa no geral, e tem a melhor campanha”, comenta Melão. “Caíram no Grupo da Morte (D) e saíram em primeiro, além de todos os seus jogadores estarem em grande fase”.
Já a SK Telecom T1 veio novamente desacreditada para um Mundial, mesmo com todos sabendo que é neste campeonato que eles costumam crescer. “Assim como no MSI 2016, eles não chegaram como os favoritos agora, e ainda por cima pegaram um grupo tranquilo”, diz o analista. “No entanto, nos playoffs, a equipe teve que se reinventar para passar pelos talentos individuais da Royal Never Give Up e foi testada ao máximo contra a ROX Tigers, que era a grande favorita”. A final antecipada das semis mostrou tudo o que a SKT pode entregar, e apesar de não serem tão regulares, contaram com a ajuda da sua comissão técnica (“a melhor do mundo”, segundo Melão), Bengi em um dia inspirado e claro, Faker.

“Eles precisaram que jogadores que não estavam comparecendo, ajudassem de fato, que foi o caso do Bengi. A única constante dessas três finais que eles participaram (2013, 2015 e 2016) foi a comissão técnica e o Faker. Esse é o seu trunfo: eles possuem o melhor jogador do mundo, que quando precisam ele comparece, e analistas absurdos”. Julgando pelos três times das finais da SKT, os estilos de jogo dos profissionais, metas e alterações na escalação realmente fazem a equipe ter que batalhar cada vez mais – e ainda assim eles sempre acham uma maneira de batalhar pelo ouro.

Apesar do excelente momento, no confronto rota a rota a Samsung sai perdendo por pouco. Enquanto dominam a parte de cima das posições, do meio pra baixo os coreanos se complicam um pouco. “CuVee é disparado o melhor top do campeonato até agora; Ambition domina melhor o meta e está em melhor fase do que Bengi e Blank”, analisa Melão. “No entanto, nas outras posições, o fator experiência começa a pesar um pouco”.
Segundo o analista, Crown está em um momento tão bom quanto o Faker, mas tanto Crown quanto o resto da Samsung não estão acostumados com finais de campeonatos, quanto mais de Mundial. “E nesse quesito, o Faker está anos luz à frente do Crown”, diz Melão. No bot, Ruler e CoreJJ já mostraram que conseguem pressionar os oponentes, mas contra Bang e Wolf, uma dupla que se conhece muito bem e dificilmente perde a rota – às vezes até aceita jogar embaixo de sua torre, mas só isso – a Samsung pode ter dificuldades.
Vídeo por: iFunzio
“Eles precisarão criar um sistema onde CuVee consiga uma vantagem grande no top, Ambition controle a selva e Crown vença Faker, coisa que já fez na LCK”, comenta Melão. Com a vantagem do meio para cima no mapa, a pressão pode ser suficiente para ajudarem a rota inferior e conquistarem um efeito bola de neve para o resto da partida.

A SK Telecom T1 já está no panteão das melhores equipes da história. Dos três Mundiais que a equipe participou, chegou em todas as finais. É o único time a ter vencido todos os títulos nacionais e internacionais (LCK Primavera, LCK Verão, MSI e Mundial), e tem em sua equipe o melhor jogador de todos os tempos, Lee “Faker” Sanghyeok.
Favorita na final – ainda mais após ter vencido da ROX Tigers, que era o grande nome da Coreia até então, a SKT não precisa se preocupar tanto com a maior força da Samsung, que é CuVee. “Os pontos fortes da SKT falam por si só. Não estamos em um meta que um jogador do topo consiga carregar uma partida, salvo em ocasiões extraordinárias”, diz Melão. “Com a força que eles têm no meio e na rota inferior, vejo o caçador seguindo as chamadas da equipe para aumentar a vantagem ainda mais”.
Vídeo por: Pinoy
A chave do jogo será o early game. A SKT tem um jogo mais metódico e de poucos erros, e gosta de imprimir um ritmo mais acelerado desde cedo, mesmo que cautelosamente. Já a Samsung, gosta de disparar a partir dos 15 minutos, com jogadas envolvendo quatro ou cinco jogadores e mirando objetivos.
Segundo Melão, a rota de destaque será com certeza o meio. “O Crown veio para este Mundial com muitos analistas apontando-o melhor que o Faker, e ele compareceu. Já a estrela do meio da SKT brilhou mais agora pelo final, principalmente contra a ROX. Esse duelo será muito, muito bacana de ver”.
Nosso gigante analista aposta em um 3-1 para a SK Telecom T1. E você, o que acha?
Fonte : LoLEsportsBr
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